24.11.07






amavisse ~~
















































hilda hils
Como se te perdesse, assim te quero.

Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo)

assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro



Um arco-íris de ar em águas profundas.



Como se tudo o mais me permitisses,
A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.


Como se te perdesse nos trens, nas estações



Ou contornando um círculo de águas



Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.



amavisse

ama













visse









AmavisseHildaHilstAlteradoFoto1manuCardoso2serraFernandes3idem





















alessandra
. Coquetel Poético .





Não nego ser pedra de cais


Nem pétala lançada ao mar.

Face de gumes,

Traço caminhos de pó e sol

Sal e algas.

Corpo de espumas,

Som ancestral de guelras

Navego névoa

Alimento lumes,

águas.




~ forma alterada

21.11.07




~


~



sabia que não iam tocar o farol
mas a melodia já estava dentro de mim





sabia de uvas sabia água
enrola-se no meu corpo qual bicho

os rios risos sabia.que
uma aquática


geografia

muitos muros doces murmúrios

ainda me emociono com frases se ainda.me

a suave música quente de flanela



9ª diária

"a noite é maior; durante três andamentos fui imortal; e seis danças antigas tocaram tão bem mas tão bem os meus alunos; a noite pesa mais; eles ainda não sabem o que é o passado, dedilham para a frente; ainda me emociono com frases como anjo da minha alma por ti daria até a minha morte; a noite tem mais tecido, acrescenta-se levemente de flanela, enrola-se no meu corpo, aquece-o disfarçadamente como um sinuoso regresso dormente - qual o bicho que torna a casa para morrer? hoje não: dormir em paz, confesso; seis danças; vem cá ter, posso fazer um chá; apetece conversar; a noite não existe"

eugénio alves da cruz. porto. 16 de novembro de 2007.



transbordada.nas.costas.abertas.a.melodia

até



sabia que não iam tocar o farol
mas a melodia já estava dentro de mim
no ventre olhos alma minha meu anjo por ti



até



transbordado.o.peito o ventre de folhas a erva
os olhos alma minha alma olhos costas ventre ai



a noite.não existe a noite não existe


dança seis danças dança dorme.se
a noite não o chá o vinho

o chá folhas o farol dentro.de.mim.a.música


até



aconchegava as plantas.sussurrava-lhes.canções de embalar



a.alma.assim nus.dedos aromáticos tecidos pulsos.mãos veias canela até aqui ai
















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alteração de un dress sobre textos de patrícia e paulo

in http://miolando.blogspot.com/

foto1geofDemAlt2je ne vous oublie pas rubenAndrade3uliGerritzen.








12ª diária



"podia dizer-te: amo-te; porque amava tanto e com tanta facilidade porque amava tanto e com tanta felicidade: agora receio: mas poderia dizer-te: o mundo nasceu antes de ti e de mim: mas o mundo nasceu quando te beijei: o mundo nasceu antes de nós mas nasceu quando te beijei: tudo acabará depois: tudo acabou antes: poderia ter dito: tenho medo do que te vou dizer: tenho medo mas a verdade é que: quero-te: porque me apaixonava com facilidade: e a facilidade estava presa a um verso a um poema a uma vontade enorme de dizer: amo-te: outra explicação: sobre os pés que vemos de cima: assentamos: o olhar: o andar: o acontecer: digo-te que o mundo nasceu antes de nós mas foi com um beijo nosso: sobre aqueles dois pés: experimentamos a felicidade sobre aqueles dois pés: há muitos outros: uma vez trocamos de pés: tudo passa a andar de outro modo: alguém perdido é alguém perdido, complexo; mas as mesmas questões de ontem moram nas de hoje: poderia dizer amo-te e beijar-te: porque gosto de ti e gostaria de te tocar: frágil, ainda anseio criar de novo o mundo e terminar depois dele, muito depois: frágil, ainda anseio fortemente criar de novo o novíssimo mundo, e o completo anterior a ele, e o absoluto que a esse anterior antecedeu; e morrer pouquíssimamente ou nada muito após o seu nobílíssimo final; parece-me que aprecias cosmogonias: escondo o medo no saxofone, finjo que não, como quem não quer e quer, seduzir-te com cosmogonias e esta noite apeteceu tanto aproximar os meus lábios dos teus e cheirar-te num silêncio tenso"

eugénio alves da cruz. porto. 22 de novembro de 2007



escrito por Paulo Alexandre Jorge às 01:34

http://miolando.blogspot.com/



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19.11.07




? se se morre se



















talvez a singular vocação do corpo seja primeiro arredondar-se

para depois se separar em presumíveis tecidos

emaranhados de línguas unhas vapores e humidades












elípticos restos de vozes e dedos e apenas um fruto

moldado na casual relação entre desejo e luz

a jusante duma única noite radicado numa única chama







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