8.1.08


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a montanha única








Em algum momento fomos simultâneos

como dois corpos tombando na água

passávamos por portas diferentes

de forma que se prestava a tamanhas confusões

nossos gestos equivaliam-se com precisão

quando um estendia um pano de púrpura

o outro pousava um pano escarlate

quando um erguia sua lâmpada

dir-se-ia a mesma mais além a ser erguida

com os vasos idênticos

e os reservados aromas da oblação


Entre as duas tábuas de pedra

a montanha única ardia em fogo


até ao céu































JoséTolentinoMendonçaANoiteAbreMeusOlhosAlteradofoto1CarlaSalgueiro2michaelGuntenh


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