13.3.08






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TODAS AS PALAVRAS







As que procurei em vão,

principalmente as que estiveram muito


perto,

como uma respiração,


e não reconheci,

ou desistiram e

partiram para sempre,


deixando no poema uma espécie de goa

como uma marca de água impresente;

as que (lembras-te?) não fui capaz de

dizer-te

nem foram capazes de dizer-me;



as que calei por serem muito cedo,

as que calei por serem muito tarde,


e agora, sem tempo, me ardem;


as que troquei por outras (como poderei

esquecê-las desprendendo-se longamente de mim?);



as que perdi, verbos e

substantivos de que

por um momento foi feito o mundo.


E também aquelas que ficaram,

por cansaço, por inércia, por acaso,

e com quem agora, como velhos amantes sem

desejo, desfio memórias,


as minhas últimas palavras.






























ManuelAntónioPinaAlteradofoto1GudrunRaatschen2jMm

11.3.08






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As aves
Foron elas , as aves de marzo ,








as que viñan anunciando con velocidade de motor ou asteroide cego
a fusión dos grandes xelos que destilan sangue de navalla ,




que as que avisaron da cor brava dos campos e da terra
carícia das marés , lábios de estanque .





elas escribiron o teu nome na memória
dunha tarde azul de marzo mentres eu vivía
recén vestido de espera para a festa do ar .
e alguén pasou repetindo un nome , o teu de
ave senlleira,





muller inevitábel , luz que danza .




Entón viñeche ti perguntar sempre , se para sempre era ,
este amor revelado nos circuitos migratorios

do último día de inverno ,

















a escrita das aves de marzo XoséMaríaÀlvarezCáccamo /alterado fotog flying lesson RobertParkHarrison




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9.3.08





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[ exercício








entre




























la









possibilité d´être


oiseau et le






glisssssssssssssssement du désir
































fotos RobertParkeHarrison_Tethered_Visitation