30.8.14

p alco






~












de ontem pela tua boca:


vamos agora falar do mel

tanto como nunca

e ontem quando ali estavas a

coser com linhas de seda as asas às palavras



de-va-gar



a-dormecer os gestos



(e ali nós suspensos do escuro a mata-borrão)


vamos agora falar do mel. a tua voz bela e

grave ( a carne sempre a tremer na ponta da lâmina
a poética das costeletas dirias ) o olhar denso


e o sangue no avental a guitarra a doer nos

ossos vamos agora falar do mel.


o espectro dos teus gestos


dentro dos meus versos ontem.

e

agora de novo




tanto como nunca tanto como


nunca







[ fot quase-carne

6 comentários:

un dress disse...

bem...a data e a hora...não funciona...e agora???

un dress disse...

para a margarida...

Anônimo disse...

Como é que te lembraste das palavras?

Eu só as lembrei ao ler agora...
mistérios...

un dress disse...

ó margaridinha era aqui que devias escrever! mas que aler-gia!!!

:))))))))))))))))

beijO

patricia disse...

Palavras estas

que dessa pena saem

são casa
para mim

home sweet home...

***

Alessandra Espínola disse...

é tempo de fabricar o mel... escorrer nos lábios os gestos dos dedos quando desenham versos...
Beijo, viu!?