.La naturaleza de los sueños
Al alba bebía la leche, minuciosamente, bajo la mirada vigilante de mi madre;
pero, luego, ella apartaba un poco, volvía a hilar la miel, a bordar a bordar, y yo huía hacia la inmensa pradera, verde y gris.
A lo lejos, pasaban las gacelas con sus caras de flor; parecían lirios con pies, algodoneros con alas.
A lo lejos, pasaban las gacelas con sus caras de flor; parecían lirios con pies, algodoneros con alas.
Pero, yo sólo miraba a las piedras, a los altos ídolos, que miraban a arriba, a un destino aciago.
Y, qué podía hacer; tenderme allí, que mi madre no viese, que me pasara, otra vez, aquello horrible y raro.
~~
De súbito, surgiram as ovelhas.
Num instante, num baixar de olhos.
Por toda a paisagem e pela encosta do monte.
Eram
cor de rosa, celeste.
Sépia ou cor de platina; as outras, brancas, negras.
Embora, por momentos, as coisas parecessem ao contrário.
Pensei que sonhava
O que via num papel, desenhos em forma de ovelhas.
Mas não; era verdade.
Na paisagem
E ao fechar os olhos aparecia a seguir, no ecrã negro,
um rosto rectangular, oval, e o corpo gordo, multiplicado, sabiamente.
Pareciam ter acorrido à concentração, convocatória,
sem espanto, com alguma tristeza.
Não podia ir embora, por onde iria!
Não podia chamá-las, porque já aqui estavam.
Não podia afugentá-las, porque eram imóveis.
Não podia esquecê-las, porque não me esqueço.
Não podia aceitá-las, porque havia qualquer coisa
que não estava bem.
Eu tou entre a espada e a parede, e isto é um pedido de ajuda.
Marosa di Giorgio