30.8.14

.glimpse.



olha que primeira coisa k te vi foram os olhos foram...? não...foi o anel prateado no dedo 3 e um pouco da face.



um pouco do perfil um pouco de qualquer coisa mais...que coisa...!?



a face que se fazia atravessar de linhas. a pele muito branca. artérias azuis de um aspecto ácido...



(uma fragilidade inquieta e singular.)






antes de perceber que é tão fácil chegar à escravidão de amar que tão facilmente se atinge ainda agora aqui e tão logo ali se está e já.



(é verdade que ignorava o que enrolavas naquele anel. uma coisa espiralada todo tu condensando-te nos dedos à entrada do cinema todo o filme.)






- era um filme japonês ainda vejo o cartaz dois homens e uma pistola negra na mão.( já antes visto e revisto.)
um dos homens...provável que o filme se chamasse brothers muito provável.



exactamente antes daquele súbito abraço de náufrago em que te penduraste assim como um fruto se agarra ao ramo (já agonizando à mão esfomeada.)



(os erros sobretudo quando os reconhecemos muito tempo antes de os sentar no colo e os afagar são tão comoventes!)



tão primitivos tão ingénuos tão comoventes...!



a dose de espera que advém dos erros é tão ridícula tão brevemente ridícula com uma pontinha de cegueira voluntária de fado de fatalidade kármica...





- e estás assim ali tão noite com os músculos todos entrincheirados num acrobático espanto...



(e eu a mergulhar lenta e consciente naquele antiquíssimo pânico arroxeado.)



o que dizias era tudo ou era nada... fechei os olhos para melhor deslizar e acreditar que era tudo.


depois só me lembro de caminhar muito chorar e morrer.


(tudo o que seguiu não passou de post mortem.)





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