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sinto muito ( 2ª parte
a ausência do tempo agora. indiferente. rente agora, ontem. indiferente. amanhã igualmente. como neve ou lama. o vento. essa ausência mostra-me o quanto te amei antes. antes de te conhecer. o quanto já eras antes de seres. era a tua a alma que via e me dava a mão. os teus olhos de rio, terra, vulcão, nuvem, que eu amava quando imaginava que amava. os teus dentes transversalmente lisos que tocava com a ponta do coração. onde-bate-persistente. onde bate docemente. outras vezes:
fogo de corpo que estala ao torvelinho do vento. vinhas: uvas. romãs. o murmúrio lento da tua boca a mostrar-me os sons das palavras que se abrem no peito. a pele nua-crua. o rosto de anilina transparente. muito-longe-de-mim-tu(do)-de-mim. ainda não te conhecia: chegavas -me líquido na fresca viagem das nuvens mais baixas. que faziam cócegas: rias envergonhado e logo me tocavas ao jardim selvagem: aos fetos de
luz.
[ fot sói s mosteiro de s. joão d´agra serra da encarnação v n cerveira
12 comentários:
Bem, lindíssimo este texto! E com um cheirinho a natureza e campo que lhe dá um aroma muito especial ;)
Tanto.
Y tanto tiempo imaginando y deseando...
Y cuando llega y lo apresas y haces tuyo...
lo dejas escapar.
¿Qué misterios encierra el ser humano cuando así obra...?
Este cantinho verde e mesmo uma delicia! Bonito texto...
Bjs meus
A foto tem tudo a ver com o texto... sentir muito é aquilo que às vezes nos «esquecemos» na correria louca e perfeitamente desnecessária que praticamos... sentir muito é preciso!!!
Bem hajam aqueles que sentem muito, ainda estão VIVOS mesmo no meio desta amálgama de, eu chamaria, quase-vivos!!!
Ai
Quanto tempo passado
à
Espera do
Céu
corredor de pedra
de porta
deporta
a luz
a ausência
que sabemos existir
só não em que porta in-trar
a tua ausência vai custar a passar
beijos***muitos***
Indiferente o tempo me chamou e me gritou:
"Olha lá, ó rapazinho (É tão bom quando nos chamam -rapazinho...)! Que história é essa de indiferença?!!!"
Parecia zangado. Por isso falei baixinho:
"É uma força de expressão. Sinto muito. Não quis ofender."
E ele, nervoso.
"Ofender?!!! Mas achas que alguém me ofende?"
"Desculpa." A medo.
"Cala-te!!! E olha para ti. No espelho das tuas cidades ou dos teus bucólicos olhares... Que vês?"
"Eu...?"
Mais medo...
"Sim, tu! Ó rapazinho! Cresce e aparece..."
"Crescer é perder o medo?"
Atrevi-me. E muito!
"Não. É ganhar a arte das palavras e do engano."
"Então para que queres tu que eu cresça?"
"Para deixares de te enganar."
"E eu engano-me?"
"Claro. És linda! E não acreditas nisso..."
Definitivamente.
"Oh..."
de todo amigos... sinto-me agraciada por algo...absolutamente MARAVILHOSO*
a vós: os melhores dos mais insubstituíveis e magníficos por TUDO o que aqui deixaram...
grazia TANTA**
até já
Bela forma
Belo texto de sombras e luz...
E a quem se destina ou destinou?
É que por acaso :))) gostava de
saber...
Muito a sério, gostei... muito.
Abraço
gostei muito...um beijo.
Isto faz-me lembrar das casas da terra dos meus pais...saudades...
E que as nuvens te continuem abraçar e a encher de luz...
Gostei de ler te....Foi brisa fresca.
Tudo de bom para ti**
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