30.8.14








.estri dências /facing time

.deitar. deixar deixei-me.


?


deixei-me de espetar agulhas nos olhos. de atravessar a língua com fios invisíveis. entre o sub traço à periferia do corpo e o espanto à queima roupa. se de espantar-se fosse. depois da princesa de brincos de cereja tão eterna no seu bosque. as fadas em acenos no lado esquerdo ao fundo dos freixos. tão esguiaos os freixos tão verdes. princesas e fadas tão longas tão gastas ainda alguns actos de crueza últimos esgaravatam-lhes das unhas brancas outras respirações. efluir de matérias mirradas num contínuo estertor de acasos multiplicados. luas de leite sempre às tantas. (a recordar as princesas dormentes e seus sapos brancos). fases-fêmea excessivas sucessivas aflitivas luas abertas a leituras de aura angústias florais e marés. adivinhar-se na horizontalidade as pálpebras cerradas e vorazes. esmigalhantes e inquietos lagos rasos de água. extensos répteis adestrados. a sujidade dos rios. posso ver posso. este real habitado nu. se satie onde sem ti.

?!

simetrias excessivas indistintas miméticas chocallhadas ao pescoço num eterno carnaval. pelo fim da tarde da manhã a meio das bordas dos gestos instruídos gritam-me aqui. (como te gritei a dança do alto de monteverdi ou já não sei se bach). animais que se recolhem do pasto e se consomem cronológicos que se comem na crescente ordem analógica da engorda. tanto a minha ordem como a sua. a tua sua abrupto às suas ordens a minha ordem que qual nada. na gestação que desata a reproduzir-se-me pelos dedos. bébés de visco. bonecas de porcelana e cara suja. sapos grilos gritos organizados da imensa boca castanha de terra. viagem ao centro da terra era o que me acudia o que se me respondia óbvio à música de ray charles. i put a spell on you. casulos vermelho-verme. larvas. espelhos d´água a rever-se urgentemente. se em linha recta. e se afinal e se bach e onde. e se talvez borboletas.


!?


com pasmo não obstante sem espanto se imperceber. flutuante próximo. estender a mão o braço. se abraço. assim por exemplo o coração. um pé uns lábios. (e às vezes as cores até). até fechar os olhos e ver depois. o amor que não se diga. que não se veja. apenas. que uma vez nunca só o possa ver.(grito se danças onde. se baush se olga se pedro se inês se gritas). se o quê se voltemos se assim dizes que estava por inteiro ao meu alcance. e assim por assim dizer se diz. portanto se restos o calor dos fornos a fome da ternura um colo que se beba que se afague que se proteja ou se alhear devagar apequenado e consumir os lugares acetinados de âmbar. os chás. o sândalo precioso guardado no cofre de prata para os ciclos lisos do cio. o mais rente.











talhados na textura e no cheiro a flores os tamarindos os poços os espelhos tão profundamente redondos. tão donde tantos. a roupa húmida acorda um vento redemoinha fios finos dispersos azeites e óleos na cabeça torneada achatada entumescida. água azul violeta turquesa sobre outra mais arrefecida profunda verde transparente lunar. (dizer-se porque se danças). âncoras de um intencional esquecimento. sem falar das coisas puídas tão gastas. (sempre as danças repetindo-se em solenes ecos de plástico). corpos de linho impregnados odores a bagas azuis. tudo por decifrar por assim dizer. assim a dizer-se como estalar como saltar voltear e cair submerso. bagas assim como mistérios. benzeduras. posso ver ouvir ver se. deixá-las ainda frescas ainda na flor da boca. a despenhar-se. ser como ser sem satie e a pele da noite antes de se descascar.


!?



as almofadas sempre no sofá. sinestesias. a paixão de cá a tatuar-se e logo outra paixão segundo alguém porque não haveria aqui um são joão ou acorrer são mateus ou então rosas a cor fulva e letal do lobo ao longe na cova do penhasco. olhos amarelos. ou inocentes marmelos com sabor a marmelo. riscos e rabiscos no riso tão claro de paredes fendidas. olha-se sem pressa para os rios emparedados (sem como correr) em altos cantos prisioneiros. longos círios de cera. os desenhos da bíblia antes que se apaguem da memória na linha dos dedos um leve queimor e pronto apagar-se ainda um pouco os cânticos das ervas as árvores a nascer das raízes geladas. estalactites inesperadas e chuvas de chicote. e castanhas. sopas. gritos. ecos. sombras. picos. coisas.

a crescer este planalto invisível. do rio. pássaros de fogo a tomar-se por almas. tornados. a impossibilidade do ponto pé de flor logo ali e porém esguichos de luz. longes. sim. e os outros pontos de rebentação. a estrela polar. um ponto de partida. ponto de rebuçado. girassóis abóboras - go! roda roda cabacinha era assim (dissesse eu se danças ainda te gritei se murmúrios se satie se o vinho a incandescer). doces animais a contraluz violinos pianos. e maçãs. (se ray charles sem ti para quê o spell e as restantes matérias que não terei gritado). coisas. labaredas precocemente afogadas. mas presenças nunca ausências. e muito mais coisas. muito bem traçadas. no perfil do tempo como antes se dirá. se se disser. pressupondo um traço periférico num corpo assim simples assim claro. delineado. como açúcar e limão. e marmelada.







~



foto1MartaFerreira2semId3facingTimeAracnofobia

/texto.experiência em construção sobre texto anterior.



Um comentário:

un dress disse...

experiência de alteração

sobre texto anterior.


eu sei que é longo...

mas não quis parti-lo.







abraÇos. beijOs e... bOns dias !!

obrigada pela vossa presença

tão e tanto

aqui...